Por: Ciro Sanches Zibordi
Morris Cerullo teria se convertido aos 8 anos, quando — por incrível que pareça — estava pronto para se suicidar. Segundo ele, o próprio Deus, sem intermediários, entrou em ação, impedindo-o de pular da janela de seu quarto. A partir de então, milagres e mais milagres passaram a ocorrer através das suas mãos. Ele conta que, por causa de sua miraculosa chamada, mais tarde desistiria de se tornar o governador de seu Estado, New Jersey, nos Estados Unidos.
Depois de sua impressionante conversão, Cerullo também teria estudado com rabinos, numa cidade de New Jersey, até os 14 anos. Ele conta que foi tirado de um orfanato judeu por dois anjos, que o levaram para um refúgio secreto. Antes de completar 15 anos, relata que foi transportado ao Céu, onde se encontrou com Deus, face a face. Ali, o seu ministério lhe foi — conta ele — claramente detalhado pelo próprio Criador.
Ao voltar do Céu, ele descreveu Deus como um homem de 1,83m de altura e o dobro da largura normal de um corpo humano. Além disso, afirmou que o Senhor mostrou-lhe o Inferno e lhe disse palavras nunca ditas (supostamente) a alguém: “Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti... E as nações caminharão à tua luz”. Bem, para quem não sabe, essas palavras “exclusivas” estão registradas em Isaías 60.1-3.
Foi da maneira descrita acima que Morris Cerullo se tornou o porta-voz de Deus na Terra, um homem capaz de revelar as coisas que ainda não aconteceram. Mas, segundo ele, quando o Senhor Jesus desceu à Terra, não veio como Deus — esse pensamento é errôneo (cf. Jo 1.1,14; 1 Tm 3.16) e em nada difere da pregação de outros famosos expoentes da Confissão Positiva, como Kenneth Hagin, Benny Hinn (que aparece na foto acima, ao lado de Cerullo), Kenneth Copeland, Frederick Price, John Avanzini, Robert Tilton, Marilyn Hickey, Charles Capps, Jerry Savelle, Paul Crouch, etc.
Cerullo prega que, desde o início, Deus quis se reproduzir (isso também é propalado pelos triunfalistas citados). Em algumas pregações, ele instiga os ouvintes a repetirem que são deuses. E conclui: “Vocês não estão olhando para Morris Cerullo. Vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus” (HANEGRAAFF, Hank, Cristianismo em Crise, CPAD, p.390).
Ele se defende da acusação de que prega heresias dizendo: “O que um verdadeiro profeta diz acontecerá” (idem). Mas, além de boa parte de suas profecias não se cumprirem — em 1972, por exemplo, ele afirmou que os Estados Unidos experimentariam um grande avivamento, o que até hoje não aconteceu! —, em Deuteronômio 13.1-4 está escrito que apenas o cumprimento de uma profecia não é suficiente para provar que um profeta é verdadeiro.
Outra falsa profecia de Cerullo foi em setembro de 1991: disse que o mundo todo seria evangelizado até o ano 2000. E, de acordo com a passagem de Deuteronômio 13.1-4, citada acima, a principal característica do profeta de Deus é o compromisso com a verdade (cf. Jo 10.41; 14.23).
Uma estratégia usada por Morris Cerullo, e imitada por muitos telepregadores brasileiros, é usar de manipulação para arrecadar dinheiro. Mas ele faz isso em tom profético: “Assim diz o Senhor: Entregai a mim as vossas carteiras e deixai-me ser o Senhor do vosso dinheiro... Sede obedientes à minha voz” (idem).
Recentemente, Cerullo profetizou, em um programa de TV: “Nesses últimos dias, eu tenho uma unção especial que vou liberar sobre o meu povo, uma unção financeira, no meio desta crise. Deus está pronto para transferir a riqueza do ímpio para as suas mãos. Eu vou orar para Deus liberar a solução financeira sobre a sua vida. Existe um telefone aí na tela. Se você quer que Deus lhe dê a unção financeira dos últimos dias, semeie R$ 900,00. Por que 9? Porque este é o ano de 2009, e os números são importantes para Deus. O número 9 significa completo”.
Considerando que a Palavra de Deus nos manda julgar tudo (1 Ts 5.21, ARA), inclusive as profecias (1 Co 14.29), escrevi este artigo a fim de fornecer elementos pelos quais os crentes espirituais possam discernir bem tudo (1 Co 2.15), e segundo a reta justiça (Jo 7.24).
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
Morris Cerullo teria se convertido aos 8 anos, quando — por incrível que pareça — estava pronto para se suicidar. Segundo ele, o próprio Deus, sem intermediários, entrou em ação, impedindo-o de pular da janela de seu quarto. A partir de então, milagres e mais milagres passaram a ocorrer através das suas mãos. Ele conta que, por causa de sua miraculosa chamada, mais tarde desistiria de se tornar o governador de seu Estado, New Jersey, nos Estados Unidos.
Depois de sua impressionante conversão, Cerullo também teria estudado com rabinos, numa cidade de New Jersey, até os 14 anos. Ele conta que foi tirado de um orfanato judeu por dois anjos, que o levaram para um refúgio secreto. Antes de completar 15 anos, relata que foi transportado ao Céu, onde se encontrou com Deus, face a face. Ali, o seu ministério lhe foi — conta ele — claramente detalhado pelo próprio Criador.
Ao voltar do Céu, ele descreveu Deus como um homem de 1,83m de altura e o dobro da largura normal de um corpo humano. Além disso, afirmou que o Senhor mostrou-lhe o Inferno e lhe disse palavras nunca ditas (supostamente) a alguém: “Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti... E as nações caminharão à tua luz”. Bem, para quem não sabe, essas palavras “exclusivas” estão registradas em Isaías 60.1-3.
Foi da maneira descrita acima que Morris Cerullo se tornou o porta-voz de Deus na Terra, um homem capaz de revelar as coisas que ainda não aconteceram. Mas, segundo ele, quando o Senhor Jesus desceu à Terra, não veio como Deus — esse pensamento é errôneo (cf. Jo 1.1,14; 1 Tm 3.16) e em nada difere da pregação de outros famosos expoentes da Confissão Positiva, como Kenneth Hagin, Benny Hinn (que aparece na foto acima, ao lado de Cerullo), Kenneth Copeland, Frederick Price, John Avanzini, Robert Tilton, Marilyn Hickey, Charles Capps, Jerry Savelle, Paul Crouch, etc.
Cerullo prega que, desde o início, Deus quis se reproduzir (isso também é propalado pelos triunfalistas citados). Em algumas pregações, ele instiga os ouvintes a repetirem que são deuses. E conclui: “Vocês não estão olhando para Morris Cerullo. Vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus” (HANEGRAAFF, Hank, Cristianismo em Crise, CPAD, p.390).
Ele se defende da acusação de que prega heresias dizendo: “O que um verdadeiro profeta diz acontecerá” (idem). Mas, além de boa parte de suas profecias não se cumprirem — em 1972, por exemplo, ele afirmou que os Estados Unidos experimentariam um grande avivamento, o que até hoje não aconteceu! —, em Deuteronômio 13.1-4 está escrito que apenas o cumprimento de uma profecia não é suficiente para provar que um profeta é verdadeiro.
Outra falsa profecia de Cerullo foi em setembro de 1991: disse que o mundo todo seria evangelizado até o ano 2000. E, de acordo com a passagem de Deuteronômio 13.1-4, citada acima, a principal característica do profeta de Deus é o compromisso com a verdade (cf. Jo 10.41; 14.23).
Uma estratégia usada por Morris Cerullo, e imitada por muitos telepregadores brasileiros, é usar de manipulação para arrecadar dinheiro. Mas ele faz isso em tom profético: “Assim diz o Senhor: Entregai a mim as vossas carteiras e deixai-me ser o Senhor do vosso dinheiro... Sede obedientes à minha voz” (idem).
Recentemente, Cerullo profetizou, em um programa de TV: “Nesses últimos dias, eu tenho uma unção especial que vou liberar sobre o meu povo, uma unção financeira, no meio desta crise. Deus está pronto para transferir a riqueza do ímpio para as suas mãos. Eu vou orar para Deus liberar a solução financeira sobre a sua vida. Existe um telefone aí na tela. Se você quer que Deus lhe dê a unção financeira dos últimos dias, semeie R$ 900,00. Por que 9? Porque este é o ano de 2009, e os números são importantes para Deus. O número 9 significa completo”.
Considerando que a Palavra de Deus nos manda julgar tudo (1 Ts 5.21, ARA), inclusive as profecias (1 Co 14.29), escrevi este artigo a fim de fornecer elementos pelos quais os crentes espirituais possam discernir bem tudo (1 Co 2.15), e segundo a reta justiça (Jo 7.24).
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
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